quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Sobre a preguiça e, talvez, a insegurança.

Kde domov můj? Kde vlast je má?
Voda hučí po lučinách,

bory šumí po skalinách,
v sadě skví se jara květ,
zemský ráj to na pohled!
A to je ta krásná země,
země česká domov můj,
země česká domov můj!


Kde domov můj!? Kde domov můj!?
V kraji znáš-li bohumilém
duše útlé v těle čilém,
mysl jasnou, vznik a zdar
a tu sílu vzdoru zmar,
to je Čechů slavné plémě
mezi Čechy domov můj!
mezi Čechy domov můj!


Aparentemente essa é a letra do Hino da República Tcheca e sim, é com essa linguagem que eu preciso conviver o dia inteiro. Uma enormidade de consoantes e acentos que me deixam bastante perdido a maior parte do tempo. Uma vez, na rua, eu juro que vi uma palavra que demorou sete letras para ter a primeira vogal: parei e fiquei tentando achar uma maneira de pronunciar e não encontrei. 
Um dos bares que eu mais gosto de ir se chama U Vystřelenýho Oka, e eu tenho praticado há um mês para tentar pronunciar corretamente. A primeira vez que fui sozinho, levei um papel com o nome escrito e, quando fui pedir informações, eu olhei para o rapazote no meio da rua e perguntei mostrando o papel: "onde fica isso?"
O nome do bar carrega com ele o maior inimigo, ao meu ver, dos que tentam se aventurar no tcheco: o 'Ř'!!! O som representado por esse sinal é uma mistura de 'R' com 'J', com uma pitada de 'Z', mas falado com os dentes serrados. É isso aí...
Mas a verdade é que eu já tenho algumas palavras presentes no meu vocabulário e tenho tentado usar cotidianamente. 'Dobrý den' [bom dia], dobrý večer [boa noite], prosím [por favor], děkuji [obrigado], e mais umas duas ou três expressões, eu já me sinto a vontade para usar cotidianamente (percebam que não há o 'Ř' presente em nenhum caso). Menos no mercadinho da faculdade: e aí é que entra o que eu não sei se é preguiça ou insegurança. Os dois que trabalhamos no mercado, uma moça e um rapaz, falam inglês e, independentemente de todas as vezes que eu saí de caso planejando chegar, abrir a porta e dizer 'dobrý den', eu sempre solto um 'hello' e me arrependo em seguida.
Não tenho tempo para fazer aulas de tcheco, mas gostaria. Acho tão divertido o jeito que eles falam. Quem sabe num futuro próximo.

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