Primeiro eu atesto que sim, sinto vergonha do título dessa postagem. Mas entre todas as idéias que eu tive, nenhuma tinha sido melhor do que essa. O final de semana eu passei em Náhlov e, como sempre quando vou lá, foi altamente divertido. Imponderado, inesperado, imprevisível e divertido.
Nesse final de semana foi inaugurada uma outra parte da exibição do Museu dos Compatriotas Emigrantes no Brasil, o mesmo museu que eu trabalhei em minha dissertação. Então saí de Praga sábado a tarde para ir me divertir e ajudar nessa festa. Petr, dono do museu, tinha me requisitado preparar caipirinhas e qualquer amigo meu sabe que sou extremamente talentoso nesse processo (como tonalidade vocálica não aparece em blogues, quero deixar registrado aqui que houve ironia na confecção dessa frase).
A festa foi um sucesso (Para ver fotos clique aqui), todos tomaram as caipirinhas, teve feijoada, teve quibe, teve pão de queijo, teve capoeira e música brasileira interpretada por um violonista daqueles que me faz ter vergonha de ter um violão em casa. Quando essa parte das festividades teve fim, começou o 'lado b' das comemorações: nós que tínhamos ajudado sentamos para tomar um pouco de cachaça com limão, vinho, Merunkovice (destilado de damasco), Hruškovice (destilado de pêra) e cerveja. As discussões foram de Governo PT, passando por Apartheid e chegando ao ciganos europeus.
Esse momento se estendeu até as 3:30h da manhã, bem perto dos aquecedores e terminou com a belíssima cena de Eva e eu comendo resto frio de feijoada, vinagrete e farofa com colheres de sobremesa direto da panela. O domingo chegava e a gente tinha que voltar pra casa....
Não tem ônibus que sai de Náhlov. Não tem trem. Não tinha carros suficientes para nos dar carona e, então, Eva, mais dois companheiros e eu, resolvemos que a melhor opção seria caminhar até Stráž pod Ralskem e a partir de lá tomar um ônibus para Praga. Esse plano seria perfeito, se não fossem quase 11km de caminhada.
Mas a verdade é que, tirando um certo cansaço em demasia ontem a noite e uma enorme dor no corpo hoje, a caminhada foi bastante divertida. Passamos por casinhas que eu moraria facilmente, por monumentos, por ciclovias, e até mesmo a viagem para Praga foi tranquila.
Como disse, mais uma visitar Náhlov foi imponderado, inesperado, imprevisível e divertido. Bastante divertido.
A maioria das fotos não são minhas e, algumas eu não tenho certeza de quem foi o fotógrafo. Mas sei que tem algumas que foram tiradas pela Cíntia, outras pela Lucy - novos amigos tcheco-brasileiros ou tupy-tchecos, não sei como definir. Se algum fotógrafo não tiver sido contemplado com o nome, é só gritar que eu referencio.
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